05 janeiro 2015

15ª Jornada: Penafiel - Benfica


Começar o ano como acabámos o anterior, ou seja, a vencer! A análise à vitória do Glorioso em Penafiel por três a zero sobre os locais.
O jogo
Jogo com uma só toada desde o primeiro ao último minuto: o Benfica dominante e a atacar enquanto o Penafiel tinha uma postura defensiva e de explorar o contra-ataque rápido. O encontro nem foi sempre bem jogado de parte a parte. Aos penafidelenses - que jogaram totalmente de vermelho - faltavam-lhes claramente maior qualidade técnica e táctica para poderem cumprir de forma mais eficaz o esquema de jogo proposto para esta partida. Já os encarnados - que jogaram de negro - não conseguiam ligar o seu jogo a meio-campo, pois tanto o Talisca, como o Ola John e também o Jonas andaram largos momentos do jogo sem saberem ao certo o que fazer. O único que ainda apresentava algum esclarecimento era o Gaitán. Apesar disso, todos eles estiveram bem nos momentos chaves da partida:
  • o jovem brasileiro abriu o marcador após grande assistência de Lima que tinha sido precedido de uma abertura espectacular do N1c0;
  • o extremo holandês fez algo que não costuma fazer - passar a bola ao lateral que corre pelo corredor - e ao fazê-lo permitiu que Maxi Pereira fizesse a sua terceira assistência, através de cruzamento para Jonas marcar golo, nos últimos três encontros;
  • o experiente avançado canarinho continua com a sua senda goleadora e agora pode gabar-se de peito feito, literalmente!
O terceiro tento do jogo nasce de um lance de bola parada, através de um cabeceamento do central Jardel após canto marcado pelo inevitável Gaitán. Aliás, num jogo em que jogámos com dois centrais com nomes de avançados bem conhecidos em Portugal nos últimos anos, estava a ver que nenhum deles iria fazer balançar as redes do Penafiel.



De mencionar as substituições feitas por Jesus nesta partida:
  • Sulejmani entrou para o lugar de Ola John aos 83 minutos de jogo. Porquê dar apenas 7 minutos (+ descontos) para o sérvio que vem de lesão e precisa rapidamente de jogos nas pernas para recuperar o ritmo de jogo? Ou será que foi mais para puxar as orelhas ao Ola John?
  • Derley entrou para o lugar de Jonas aos 85 minutos. Porquê dar apenas 5 minutos (+ descontos) para o avançado brasileiro, quando ele precisa de mais tempo em campo? Foi apenas para o Jonas ter recebido palmas pela sua exibição?
  • Gonçalo Guedes para o lugar de Lima aos 90 minutos!!! Porquê dar apenas ao jovem o tempo dos descontos da partida (3 minutos se não me falha a memória)? Será que a intenção era para queimar tempo?
Sinceramente, não percebo o porquê de retardar estas substituições. Respeito as decisões do treinador encarnado e até percebo que é ele quem trabalha com eles durante a semana, mas qualquer que seja o prisma que veja estas decisões não consigo concordar com elas. Jesus poderá até mencionar que queria que Cristante, Talisca, Gaitán, Ola John, Jonas e Lima, ou seja, todos os jogadores do meio-campo para a frente, tivessem o máximo de minutos juntos e experiência nos mais variados momentos de jogo. Só que então e os outros? Eu acho que há processos que não se podem acelerar muito mais. Até porque, se com a utilização excessiva, ou seja, com os jogadores a entrar em sobrecarga porque não estão habituados a jogar (Talisca e Ola John a meu ver não aguentam 90 minutos de jogo, neste momento, e o Cristante ontem também já estava de rastos nos últimos 5 a 10 minutos do final da partida), corre-se o risco destes poderem contrair lesões (sobretudo, musculares). E, aí é que teremos problemas maiores. Olhando para a partida, que estava mais ou menos controlada, não havia necessidade de esticar tanto a corda para alguns jogadores, como estes que referimos. Esta é a minha opinião... por acaso gostava de poder perguntar directamente ao Jesus porque o fez. Terá sido porque o segundo golo só apareceu aos 78 minutos? Mas, então se tivesse refrescado mais cedo uma ou outra posição, se calhar o segundo teria aparecido mais cedo, não? Decerto que haverá outro tipo de explicações técnicas que gostaria de ver serem debatidas, pois acho que é nestes pequenos pormenores que se revela o trabalho do treinador...


A gestão
Gerir um plantel tem muito que se lhe diga. Por isso, quando Jesus diz que só quem treina com os jogadores é que sabe, entendo perfeitamente e respeito. Contudo, depois dos jogos torna-se fácil perceber o que falhou ou o que pode ser melhorado. Sendo assim, reservo-me a fazer estas questões, até porque é através delas que começamos a entender um pouco mais sobre a gestão de um plantel.
  1. Tendo em conta que o Gonçalo Guedes entrou apenas para queimar tempo e marcar presença no boletim de jogo, porque não tê-lo deixado no banco e assim poder ter sido opção para Hélder Cristóvão esta tarde, frente ao Sporting B, em Alcochete? Será que o Guedes irá sair por empréstimo ainda em Janeiro e como tal foi um mimo que lhe deram antes de ir embora?
  2. O técnico encarnado pode ter muita razão ao dizer que o Talisca no Brasil também jogava a "8", mas pelo que temos visto está muito longe daquilo que se pede a um jogador naquela posição, no Benfica. Gostava de saber a insistência no Talisca e não no Pizzi, por exemplo, pois apesar de muitas críticas parece-nos ter mais nervo naquela posição?
  3. Estando o Sulejmani apto clinicamente, porque é que não lhe dão mais tempo de jogo nas pernas?


De referir que gostei da nuance táctica que Jesus incutiu no Benfica no segundo tempo, com a mudança de flanco dos dois extremos. Dessa forma, não só Ola John e Nico Gaitán ajudaram a controlar mais as operações a meio-campo, como também criaram jogadas interessantes. Penso que boa parte das dinâmicas ofensivas poderá passar pela liberdade e amplitude de movimentes destes dois e da dupla atacante.




P.S.: Faz hoje um ano, Rei... Faz hoje dois anos, minha Raínha...



=(

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