09 outubro 2016

Saber estar no mundo do futebol...


Uma fotografia que simboliza bem o que é a festa do futebol.


Verdade que o jogo de futebol realça a atitude competitiva que existe em cada um de nós. Mas, também é verdade que através da competição ganhamos amigos e adversários, mas acima de tudo o respeito de ambos. E, aqueles que mais respeito conseguem ter, são igualmente os que mais sucesso têm, e consequentemente mais prestígio. Foi isso que ontem o Benfica capitalizou.

Pessoalmente, ontem queria a vitória. Tive a oportunidade de escrever sobre isso aqui. Contudo, ela não foi possível. Poderia agora estar a criticar a forma como o miúdo José Gomes marcou a segunda grande penalidade, que provavelmente garantia a vitória encarnada neste jogo de homenagem. Ou poderia estar aqui a chamar mãos de manteiga ao Ederson pela forma como deixou aquela bola no último minuto entrar na nossa baliza. Ou até mesmo, poderia estar aqui a falar do pouco que Carrillo fez em campo. Mas, não o farei.


O importante eram as homenagens em causa. Tanto à retirada do Léo do futebol profissional, jogando o seu último encontro da carreira, como também comemorar o jogo de centenário do alçapão de Vila Belmiro. E, nesse contexto o jogo foi um sucesso. Em termos futebolísticos, também foi um sucesso. Não só foi importante para vários jogadores do plantel principal terem minutos de jogo nas pernas, para adquirirem ritmo, como por exemplo, André Almeida, Eliseu, Danilo, Celis, Cervi, Carrillo e Jovic, como também miúdos da equipa B terem as suas oportunidades de se mostrarem, como o caso de Benítez, Rúben Dias, Yuri Ribeiro, Dálcio, Diogo Gonçalves e José Gomes.

É normal que com tanta gente quer seja por falta de ritmo de jogo, quer seja por alguma imaturidade, tenha influenciado a qualidade do nosso jogo. No entanto, é importante referir, que apesar disso, não perdemos a nossa identidade. E, isto é algo que o próprio Luisão comentava ontem no final do encontro com os media brasileiros. Ele até foi mais longe, explicando que é esta organização de base que os cubes europeus têm, em particular o Benfica, que permite fazer face a estas situações, de jogar frente a equipas recheadas de talento, como são as brasileiras, e conseguir prevalecer. Isto foi também uma crítica construtiva sobre o futebol brasileiro, algo que está muito em debate, depois da humilhante derrota do escrete por 1-7 no mundial de 2014 frente à Alemanha.



8 comentários:

  1. ...pois,é....por cá,já os PORTUGAS DO RECORD,andam mais PREOCUPADOS,em promover o frango do G/R DO GLORIOSO BENFICA....abraço.(AFONSO)

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    1. Como é óbvio eles querem é mandar a baixo o Benfica.

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  2. Foi um bom espetáculo. O resultado pouco importa, para não dizer que não importa nada. Felizmente conseguimos chegar do Brasil sem lesões... o que nos dias que correm é digno de registo. Penso que cumprimos bem o nosso papel de convidados.

    Sobre o passado e a atualidade do futebol brasileiro, penso que o Brasil futebolisticamente parou no tempo. Não evoluiu taticamente, simplesmente porque se recusou a dar o braço às inovações do futebol europeu. O maior exemplo disso foi após o despedimento do Scolari logo a seguir ao Mundial 2014 terem contratado o Dunga. Não é apenas um problema do futebol brasileiro mas sim do futebol sul-americano em geral. Continuam a ser paises grandes exportadores de talentos, mas as equipas são desorganizadas. Falta o rigor e a disciplina que existe no futebol europeu. Na América do Sul há mais espaço para jogar, a velocidade é muito menor, nem sempre existe a ideia do Futebol Total... mas isto tem tudo uma razão de ser. É logicamente a diferença da metodologia de treino e sobretudo a falta de rigor e de disciplina. Na Europa os planteis são exércitos, sempre controlados, quem não dá o máximo nem cumpre regras acaba por ser encostado. Na América do Sul cada um joga por si, não há uma hierarquia de liderança definida, é tudo mais "selvagem". Basicamente é este o grande problema do futebol sul-americano.

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    1. Duas coisas Kamikaze:
      - O resultado importa sim, pois 8 jogos contra o Santos e não os vencemos em nenhum (6 derrotas e 2 empates), não podemos ficar assim tão indiferentes, mesmo em jogos amigáveis.
      - O André Almeida saiu com uma mazela no pé... vamos lá ver se ficará parado mais algum tempo ou não.

      Para mim, o Brasil sofreu uma excessiva exportação dos seus melhores jogadores. Não falo dos melhores tecnicamente, porque isso, a maioria é. Falo daqueles que têm inteligência táctica e mentalidade competitiva para jogar ao mais alto nível. Esses, estão praticamente todos fora do Brasil. Ainda este verão o City foi "raptar" um miúdo de 19/20 anos como o Gabriel Jesus, que ainda agora chegou ao futebol profissional brasileiro.

      Depois, concordo contigo. Apesar do investimento em estruturas de formação, ainda lhes falta um certo "know-how". Aliás, nem acho que seja mesmo esse o problema. É mais a questão da mentalidade e do foco. O brasileiro rege-se pelo lema "damos um jeito". E esse é um pouco o problema, pois eles vivem dando um jeito, em vez de planear.

      A derrota contra a Alemanha é um "reality check" para eles. O talento por si só não ganha jogos.

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    2. As estatisticas valem o que valem. Claro que é sempre preferivel vencer mesmo em jogos amigáveis, mas não caía nenhum anjo do altar se perdessemos um jogo destes, sem grande parte da equipa presente devido aos compromissos com as mais variadas seleções para além do vasto numero de lesionados. Numa visão estritamente pessoal, o unico jogador que pode ter saído ligeiramente afetado psicologicamente deste jogo foi o José Gomes, após falhar o penalty. Mais pela sua tenra idade, se tivesse outra experiência não seria algo que possuisse grande relevância como no caso do erro do Ederson, temos de saber relativizar, a concentração já na reta final de um amigável não é a maior... acontece a todos.

      A lesão do A.Almeida não me parece ser muito grave aparentemente. Mas já sabemos o que a casa gasta...

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    3. Duvido que o miúdo tenha ficado muito afectado psicologicamente. E, o Ederson então... acho que é mais wishfull thinking dos nossos adversários e dos media nacionais sedentos de novelas.

      ;)

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  3. Ena pá... granda frango assado cozinhou o Ederson!!! Até parecia o Rui Franguicio e o Frangosilhas!!!

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    1. Este comentário é a prova viva como o meu blogue já chega a outros públicos. Muito bom!

      =D

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